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Showing posts from October, 2015

NO ALVO DA TARDE

A esmo ela pass(e)ava os dedos e tudo era alvo naquele fim de tarde branco como a pele dela. . (RaiBlue)

TAQUICARDIA

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Ela era um corredor imenso de uma casa antiga na avenida dos olhos dele. Havia rede wi fi e   outros sinais (do tempo) mas o amor continuava sendo   a renda que ela vestia e o vinho que lhe servia na taça fina e macia das mucosas ( a qualquer hora) rosé como o fim de tarde de agora pintando suas retinas de saudade tudo ainda era o cheiro dela em cada cômodo da casa (desacomodando os pensamentos dele) tudo era tarde e ardia taquicardia. . (RaiBlue)

Amar(Elos)

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Como não ser elos Com todos os seus amarelos? SOlares Sol Ares Só lares em cada traço. . (RaiBlue) . *Pintura de SOLIVAN BRUGNARA - Presente mais lindo...

CAIXA TORÁCICA

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Com o fio da poesia transparente a nos unir Rascunho dentro de nuvens Do Atlântico cruzamos com o inesperado Inflando a arte de azul Na ponta do verso aponta a flecha   O olho é arco em alto-mar   O alvo a imensidão aberta O sol se pondo na íris a tardar Enquanto a noite engole o azul   Vermelho o amor dança na areia   Na fricção da pele   Estrofes marítimas Não há rima   Mas há ritmo na liberdade das línguas Manda chamar alguém que tenha as chaves ta tua caixa torácica   Alimentando as batidas dos próximos poemas que vir Somando nossos pedacinhos úmidos nas estrofes Águardendo nos poros subaquáticos de vida. ... ( Rai Blue &  Natacia Araújo) Pintura:  Inna Tsukakhina  

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Foi tão bom quando  Meu colo foi teu ninho E brincava com teus Cabelos até você adormecer.   Preocupava-me tanto Com teu conforto   Que para sua sede ia apanhar água de nascente E para te aquecer te levaria onde fosse verão. Queria tanto teu bem, Doía-me intensamente   Se um cílio caia de ti. . (Solivan Brugnara) . Pintura:  Inna Tsukakhina  

EM ÓRBITA

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Em meu dedo colocou um anel (de saturno) e vivemos em órbita até que (o) un (i) verso nos separe. . (RaiBlue)

ÁRTICO BLUE

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Tão ártico seu amor são pedras de gelo no meu (whi)sky dilui o sol que nasce bem no meio condensa chuvas e porres (em altas doses). . (RaiBlue)

FECUNDANDO O AZUL DAS HORAS

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Dos sobrados do meu ventre no fim de tarde sobras de éden relva quente reza o rio silente a guardar o grito a cachoeira vindo toda terra treme ondas cerebrais curto circuito (entre) os meus e os teus sonoros ais na correnteza das mucosas eletricidade índigo espasmos coloridos veias explodindo magma espumantes espermas fecundando o azul das horas o agora todo é líquido e evapora em minha boca. . (RaiBlue)

ONDE COMEÇA O ARREPIO

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Dos polens que guardo no quintal do meu corpo deixo-te o gosto dessa vontade de ser mel melaço álcool cachaça (em certas noites ciganas) a soltar a pomba (gira) que andava extraviada como carta embaralhada pelo destino (ou algum karma) leia-me nos cheiros exalados nos movimentos da saia há um tratado de amor que começa em meus pés beija-me aí onde começa o arrepio atravessa o tornozelo e sobe e colhe (no caminho do meio) úmidas pétalas para o nosso chá ( dos cinco sentidos). . (RaiBlue)

FREE

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Às vezes  so(u)Frida outras   Free e trago você como o último cigarro da noite (e sempre minto) há sempre menta pra mais tarde. . (RaiBlue) Ilustração de :  Marcella Maia

CORPO VÂNDALO

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Desvendas na pele o derramado escuro os apelos que cruzam teus dedos em trânsito na zona baixa do meu corpo vândalo há ribeiras aguardando teu mergulho aportas há portas dissolvidas quando tocadas (como sinfonias) uma epifania   tua língua e o meu sussurro . (RaiBlue)

MARÍTIMA SUBSTÂNCIA

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Eu peixe-pássaro escamosa e leve pluma a duras penas mergulho   em minha marítima substância me afogo na ânsia de minha própria onda me afago na desordem macia das águas quem é do mar morre todo fim do dia reencarna poesia inventando asas no fundo da noite. . (RaiBlue)

POR DEBAIXO DAS ONDAS

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Sou os primeiros rabiscos a cortar a folha de papel, sou os lápis de cores mais claras. sou teu poema, sou tua pista sou a poesia que cantas na praia. se lembra que foi você quem me levou a praia? mesmo tão distante, mesmo sem nos tocarmos vimos o por do sol em cores violetas no sólido horizonte aquele que não se desmancha mesmo quando engole o sol. respira fundo, respira o teu próprio fumo Rai. que as cinzas por si só se exilam deste mundo, e a fumaça que se acumula nos pulmões   é das mesma substâncias que o coração jorra por todo o corpo. as raizes que se firmam em nosso ventre   se alastra como roncos de trovões.   e gota a gota fazemos um chá de camomila para tomar naquela velha casa de praia na varanda aonde se vê perfeitamente o farol. é nos afogando por debaixo das ondas que criamos nossas asas um dia quando saíres totalmente limpa e azul deste temporal de flores cinzas sorria, o próprio ato de po...