Dos polens que guardo
no quintal do meu corpo
deixo-te o gosto dessa vontade de ser
mel
melaço
álcool
cachaça (em certas noites ciganas)
a soltar a pomba (gira)
que andava extraviada
como carta embaralhada pelo destino
(ou algum karma)
leia-me nos cheiros exalados
nos movimentos da saia
há um tratado de amor que começa em meus pés
beija-me aí
onde começa o arrepio
atravessa o tornozelo e sobe
e colhe (no caminho do meio)
úmidas pétalas
para o nosso chá ( dos cinco sentidos).
.
(RaiBlue)
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