Dos sobrados
do meu ventre
no fim de tarde
sobras de éden
relva quente
reza o rio silente
a guardar o grito
a cachoeira vindo
toda terra treme
ondas cerebrais
curto circuito (entre)
os meus e os teus sonoros ais
na correnteza das mucosas
eletricidade índigo
espasmos coloridos
veias explodindo magma
espumantes espermas fecundando o azul das horas
o agora
todo é líquido
e evapora em minha boca.
.
(RaiBlue)
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