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Showing posts from April, 2009
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Um presente de alguém que eu gosto tanto tanto...

AbsorVer_TE

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Ver-te Sorver-te Absorver-te Absolver-me De qualquer delito Ver sol na noite contigo Tropicalizar teus sonhos Misturar meu verde ao teu castanho Dissolver na tua a minha identidade Digitais tatuadas na pele Para não esquecer Para te reter no meu prazer... E nos teus olhos noturnos Ouvir Chopin, olhando no fundo Concerto de corpo e alma Um doce prelúdio Tua língua compondo Acordes fluidos Configurando os movimentos Dos nossos corpos trêmulos Até o encaixe perfeito de tudo... Formatar nossos mundos No infinito horizonte Desfazer a ponte Para não mais voltar... Absorver-te Sorver-te Ver-te De_lirar... (Raiblue) Absorvendo energias cósmicas ...

(Sal)dade...

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Havíamos marcado um encontro para uma madrugada chuvosa, porque queríamos dançar na chuva, como naquele filme ,‘ Singing In The Rain’! A canção seria composta pelos olhos e mãos... E foi exatamente assim que aconteceu, tudo conspira a favor dos amantes... Adentrei seu quarto azul pela janela, um vento suave soprando as cortinas amarelas... rocei sua pele delicadamente, como uma serpente, até ele arrepiar...Ele, que estava de bruços, virou-se, e, ao primeiro contato de nossas retinas, o fogo acendeu o quarto escuro.Lampiões acesos nos corredores da mente...abrindo os caminhos invisíveis... Não conseguimos nos desgrudar. Ele se entregou ao meu domínio e voamos colados, de corpo e alma, até a praia do prazer... Seus olhos eram faróis no meio da chuva... luz molhada cintilando tudo em mim. O silêncio da madrugada amplificava as batidas do nosso coração... era o tambor de um amor ecoando do fundo das almas, no fundo das águas... Caminhávamos de mãos dadas, sentindo a textura...

Nau frágil

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Chovo. A alma transborda Sobre o corpo Nau frágil Naufrago em mim... A poesia emerge Do fundo azul Estou salva. (Raiblue)

Intraduzível...

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Decibéis de silêncio A mente a mil volts E o pensamento batendo No mesmo muro Tudo claro no escuro Uma estrela cai no olhar A noite escorre por dentro Como se quisesse falar As sobras se escondem nas sombras Assombram os segundos Que demoram a passar As horas se perdem no vácuo Dois corpos não ocupam o mesmo espaço Só na cama isso pode mudar... É vã a filosofia do que digo O que calo é a carta Que fará a canastra No jogo do destino Ouço a respiração do tempo Como quem escuta o mar No fundo do abismo Encontrarei o paraíso? Atravesso os extremos Era de Aquarius Éden imaginário Cabala e signos Nada traduz O que não digo... Se perde no infinito de algum lugar Impossível de chegar... (Raiblue)

HIROSHIMAS

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A madrugada é um relógio parado Minha mente girando e eu mudo O voo nasce no escuro Infinito horizonte do meu quarto Copos vazios Corpos cheios de calor Evapora pelos poros o álcool do amor No silêncio macio Expande-se o cio Imenso sol no meio da noite Nos bares, nas casas, nas calçadas A vida se estende e se espanta Com seus olhos de criança Cada um com sua trama No palco das ilusões disfarçadas A bomba atômica do prazer explode Em partículas de nada A droga do desejo não acalma Cápsulas anti-tédio não dissolvem O mar turbulento sob as asas... O cio e o tiro Dois lados do mesmo rio Com o grito amordaçado eu me atiro A Hiroshima é aqui Uma Hiroshima dentro de mim. (Raiblue)

As correntezas de seu corpo

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Encontram-se rio e mar nas correntezas de seu corpo. Seus olhos, translúcidas águas que resguardam os tesouros de su'alma sutilmente doce, inundam meus sonhos que bordam instantes inebriantes sob seu acolchoado de seda azul. Perco-me pelos labirintos dos horizontes nascentes de sua pele aveludada que seduz e dá asas aos desejos que, sob o azul do céu, dançam frevo em minh'alma. Seus lábios, delicados e atraentes, são brasas vivas do prazer ardente que consome o fôlego das minhas idéias inquietas a buscar as frestas dos suspiros que desabrocham em seu charme. Seus versos, água salgada que escorre pelo corpo, são mares de ondas bravias, o beijo frio da brisa e o silêncio pacífico das aconchegantes calmarias. E todos os seus encantos, que desembocam em meu pensar, despertam o perfume da certeza de que no corpo de sua correnteza encontram-se rio e mar. (Jéfte Sinistro) Um presente molhado...salgado...rs

360 Graus...

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Rotas incertas Retas sem fim Curvas desertas Estou a 360 graus de ti Longe e perto Tudo dando no mesmo deserto Berlim, Pequim Salvador E os relógios de Dali Paralisados O tempo prendendo Você dentro de mim Abstrato retrato Você girando no meu Éden imaginário 360 graus no meu compasso E a canção é um sol maior Eu soul menor Eu só... Na rotação dos segundos Cabe o mundo Temos o nada e o tudo No mesmo minuto 360 graus E eu te tenho e te perco Tantas voltas Será que você volta? Há quantos graus Estou da tua Antártida Quantos graus na minha pele Pra te derreter? Paralelos elos Na órbita gris Nosso sol amarelo No meu céu de giz... (Raiblue)

Regue um reggae em meu corpo...

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Porto ou precípicio Naufrago, salto, perco o equilíbrio Deslizo na corda das horas Rapel do amor Desenhando sobre o mar O infinito... Rasgue o meu vestido E regue um reggae em meu corpo Me vista de sonhos Que eu te deixo louco Nem Jung poderá interpretar O que suponho... É instinto É estranho É abrigo É encanto É bandeira na praia Apontando o perigo E nenhum salva-vidas Nenhum barco nem saída... Senão o fundo Onde tudo é tanto E, no entanto, escapa Como água entre os dedos Como as ondas dos beijos Nos lançando para outro lugar... Ora dentro, ora fora E horas navegando sem parar Até que tudo seja espuma Brumas de amor sobre o mar... (Raiblue) P.S.:Todos os meus textos estão registrados na Biblioteca Nacional.