Um golpe a galope de mil Pégasus!

A rede entre sobras de sol Numa manhã que nem me lembro Vazou o mar das paredes E inundou o coração que pensava Ser naufragar apenas um poema Comboios de cem sentidos atravessando A completa incompletude dos ventos O verso uivando faminto Bebendo o tempo e suas tempestades Devorando a carne exposta à lua Que grita num silêncio nu... E eu puta que o pari entre os dedos Marginal pelos becos da minha sede Deixo-o que me masturbe Dando-lhe as mãos e a língua do meu amante Abro a glande da distância que some No pulsar de orgasmos de múltiplos topázios! Falo navegando espumas em minha caverna Divino Eros a trazer a luz antiplatônica Ereto verso penetra-me por trás e sangra Como um golpe a galope de mil Pégasus Rasgando a certeza de que já havia esquecido... Quem es_finge ? Devora-me o poema enquanto o corpo treme Não decifro se mito ou minto Cifro o teu nome no meu grito Como um eclipse raro E me abs_traio neste instante pleno [sem culpas luvas ou lupas] V...