Saturday, November 14, 2009

Esfinge de sal [dade]




Abrindo abismos
Pedra por pedra
Escavando o a_mar
Elo no sol nascendo
Nesse vermelho de Matisse
Matizes de silêncio gemendo
Que o mar traduz em sua imagem
[Molhando a noite que se despede]

Tê-lo tão perto nesse longe aberto
Devorando as margens
É trans(fusão) de vontades
Acaso afogado no destino juntando os barcos
Remendando subterrâneos a_mares
Con(fundem)-se coração e horizonte
Corpos escaldantes nos equa_dores quereres em transe...

Te deitas em meu corpo como uma paisagem
E nesta praia nua que me veste a miragem gruda no deserto da pele
Dunas estremecem nesse a_manhã_ser [que nem dormiu]
Catando o e_terno na viagem de kitaro
Ao acorde raro do teu grito dentro da minha boca!


Sem_ti_ mental
Penso se o que sinto existe
Existo porque sinto [penso]
E jorro sobre o rochedo da dúvida
Toda a minha fúria
E a noite chega felina
Lambendo a esfinge de sal [dade]...

(RaiBlue)

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