Existo, logo penso...
No silêncio do mar O meu tumulto mudo Os meus olhos[que longe de ti] se perdem Na melancolia de um ser que não se sente Apenas passa entre o nada de sua própria ausência Sozinho entre as ondas da náusea De pensar e não poder existir [Descarto Descartes] Navego sem ser preciso Num desassossego maldito Como se chegar fosse impossível Estou sempre à margem de mim [sem o porto que são teus olhos] Não me vejo apenas finjo Não sou aquele que me olha no espelho[argumento] sou estranho a mim mesmo sem tuas retinas sou a cortina que impede o espetáculo um ator que se perdeu na personagem não há combate nessa guerra previsível onde meu maior inimigo sou eu [que inexisto] Preciso dos teus olhos que me despem antes que minha nudez seja impossível e eu seja condenado ao pensamento pura representação de um desconhecido... (Raiblue)