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Showing posts from June, 2009

Existo, logo penso...

No silêncio do mar O meu tumulto mudo Os meus olhos[que longe de ti] se perdem Na melancolia de um ser que não se sente Apenas passa entre o nada de sua própria ausência Sozinho entre as ondas da náusea De pensar e não poder existir [Descarto Descartes] Navego sem ser preciso Num desassossego maldito Como se chegar fosse impossível Estou sempre à margem de mim [sem o porto que são teus olhos] Não me vejo apenas finjo Não sou aquele que me olha no espelho[argumento] sou estranho a mim mesmo sem tuas retinas sou a cortina que impede o espetáculo um ator que se perdeu na personagem não há combate nessa guerra previsível onde meu maior inimigo sou eu [que inexisto] Preciso dos teus olhos que me despem antes que minha nudez seja impossível e eu seja condenado ao pensamento pura representação de um desconhecido... (Raiblue)

Dia Internacional da Música!

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Sonho de uma noite de São João (Prelúdio de um Janeiro)

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Sobre o crepúsculo rubro deita-se a azul noite inquieta desabrocha luas negras diante do infindo verde (a)mar Colho palavras na brisa que acaricia meu rosto e tatua em meu corpo o cheiro da maresia Fogos, estrelas, São João o fogo caleidoscópico acende as velas do desejo de ter o veludo de teu corpo sob o toque de minhas mãos 21 de Junho-Janeiros xadrez colorido de sonhos em rota de colisão Explode no céu a vontade nas cores de um balão arde na terra o desejo fogueira, puro veraneio e corpos que bailam no compasso de um baião E mesmo que finde o dia no peito pulsa rubra a alegria de palavras celestes no alvorecer do acolchoado uni(verso) do presente e(terno) Teu, Nós. (Jéfte Sinistro) Eternamente grata por tua presença,meu xamego bãoooo...meu maior presente...você... Te amo!!

PENSANDOTESINTO

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Que eu noite seja consumida pelo teu sol Num crepúsculo invisível de músculos abstratos E no corpo da ausência Sem possuir-te te tenha Como parte de mim que me falta Se te crio é uma forma de me ser Pensar-te é me sentir como verdade Eu que sempre fui uma invenção... Sou antes um reflexo em ti [ em teu olho mágico] És o espelho onde o pensamento Desfaz a miragem [Deserto oásis] Do que eu era antes de sentir... (Raiblue) Ao meu 'solzinho' sempre a girar na órbita do meu olhar.. .

Gregoriana(mente)

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Eu sou um penhasco e o mar Eu sou o salto no infinito Eu sou um orgasmo louco e pleno O asco e o prazer! Sou Deus e o diabo Na terra sem sol A lucidez da minha loucura A estúpida cerveja Dilacerando o fígado O grito e a gargalhada Sou gregoriana (mente) sádica E uma boba da corte dos incendiários Seguro a labareda nos dentes e o mar na língua Meu beijo é relampejo no breu da boca E trovoadas no verão da terra do nunca Saliva que corta e cicatriza Sou a ferida da rosa de Hiroshima Sou radioativa Quando olho a vida Ávida e depressiva Sou purpurina e escuridão Sou o nó cego no coração Urbana e sertaneja Quero que me olhe e veja Carnaval em pleno agosto Eu sou o oposto O avesso do verso Um ser inquieto Vestido de silêncio Eu sou ungüento e veneno Eu sou um risco Que traço no seu corpo Só pra me perder de mim... (Raiblue)

À LUZ DO ESCURO

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Abismo-me Não sou das superfícies Sou o passo e o poço O soluço do silêncio Minha matéria é o escuro Habito o fundo da luz Infinito Liberto meu instinto [quase extinto] Meu bicho-homem domado Em nome da salvação! Devoro a razão [que não me decifra] Danço com meu enigma Para que ele me surpreenda Para que o excesso de luz não me cegue Não seque o meu coração... Enxerto-me de mim Pedaços sobreviventes Aos controles da mente [remotos] Extravaso meu mar Extravio meus limites [tortos] Te dou meus naufrágios em carmim E minha fome que devora o tempo Beba-me sal e sol [suor indomável] Para que eu finalmente seja E não mais padeça No concreto pantanoso [divindade] Prefiro o lodo Das minhas ambigüidades Minhas verdades [relativas] Reveladas nos olhos [absolutos] Tudo claro À luz do escuro... (Raiblue)
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Um carinho no momento certo, você sempre adivinha quando preciso de ti, né?obrigada...
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Aprendo com você,meu amigo lindo...

In[transi]tiva_mente

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Na arte do amor Invoco Van Gogh Espalho gira_sóis Pelos campos do teu corpo Cato ventos de sussurros Tua língua a soprar no meu ouvido O código que de_cifra a noite Hemisf [ t ] é_rio lu[náu]tico In[transi]tivo verbo Em nós completa viagem Afroruivotempero Pa[lavra] _alma e carne À flor dos rios que ardem A mucosa roseaurora Vibra em ondas sonoras A_cor_da o a_ mar sem margens Horizonte fluido (infl[a)mável] Pernambucaianos litor_ais Azuis en_cantados Na partitura de um céu lilás... (Raiblue)

Santa Ceia

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"Em meus seios Tua santa ceia Ceias com teu beijo Meus an_seios Eu sei-os teus..." (Raiblue)

Tumultos subcutâneos

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Lanço na noite minha âncora No fundo do escuro Um resíduo de crepúsculo e o pulo Músculos con_traídos Espasmos rubros Minúsculos trilhos de viagens abortadas Silêncios enxertando a pele alva [ sem luas] De um ser estranho... Tumultos subcutâneos Crescem amordaçados Luta D(eus) no meu ser profano-sagrado A inquisição no corpo em chamas A purificação no pensamento [sem amarras] Quando o sonho clama as núpcias do sentimento Que ronda a carne... Tudo arde e tudo é tarde A lua do amor se enche Na impossibilidade... (Raiblue)