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Showing posts from February, 2009

Leminskices de uma noite de carnaval...

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I Eu, um quase tudo Que no seu quase Nado... II Vamos correr perigo A vida é isso Um ultra_leve paraíso Salte comigo! III Se você, sol E eu, lua Nós dois, sós... IV Afaga-me Afogo-me em tuas mãos Há fogo em tuas águas... V Sei que você me olha Mesmo tendo fechado a porta A fechadura é sua aorta VI Você, meio blasé E eu, ex_tinta em sua boca Vinho sem rosé... VII Na batalha final Kamicasemos Míssil mortal! VIII Eu caio Tu, cais Na queda Viro navio E parto em direção Aos teus ais... IX Com você Sou aero (porto) E aero (nave) Sou sempre aéreo Quando pouso Em qualquer parte Do seu corpo X Em minha boca violeta A crisálida vira borboleta Línguas e asas Constroem nossa casa Entre pétalas molhadas Deslizas feito cometa... XI Traga-me uma tela Dalí Adoro abstrato Pois sou fumaça Trago-lhe um (a)maç(ss)o Traga-me o dia inteiro Serei seu fôlego e sua asma Depois lhe trago um Renoir Para você respirar Les fleurs de la nuit... Clair-noir... XII Eu, toda zen Você, todo sêmen Insemânticos Oração ...

Correm tesas as beiras...

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A corrente a cor rente aos nossos olhos Sumus húmus somos a poça e o poço o passo e o paço o aço da palavra que constrói o anzol somos a linha e o linho que tece o ninho e o voo... asa e pés a mil pés da superfície... somos o fundo e o furo e o olho a espiar o escuro somos o tempo que não espera nova era já era por hora só o agora o arco e a flecha... (Raiblue)

POR DENTRO DOS VENTOS...

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Mais uma manhã para arriscar tigres Que arranquem as farpas dos meus olhos Arranhando as ilusões Curando o nervo ótico Tigres que pulem a cerca do silêncio E façam-me enxergar por dentro dos ventos Que cortem as miragens Com a lâmina afiada da razão O que ficar é raiz No solo do meu peito... O que se for é folha Outonos em meu leito.... (Raiblue)

TRANS(FUSÃO)

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Musa ou medusa Sou qualquer coisa Que em ti transmuta Ursa Maior, tua NASA A asa para tua órbita O corpo para tua casa Sou o medo e a medula A célula que se renova No roçar das pernas No abrir das pétalas Na seiva da selva Tua Amazônia intacta A paz de tua taba Sou a pérola Na correnteza de tua saliva Sou o doce no sal de tua língua E tua acidez corrosiva Sou tua cama e leoa Camaleoa que se perde em tua pele Quase kamikase No zarpar das viagens Sou a proa e o sem prumo E a prosa das águas no fundo Sou a palavra úmida e cálida O cio da sílaba que te arrepia No teu olhar, sou as entrelinhas Onde a bússola se perdeu Sou lua difusa, loa confusa Que transfusa em tua veia Via sem saída, vermelha teia... Fora de ti, sou extravio Contigo sou navio Aportando em tuas beiras... E o resto é mar Waves a nos levar... (Raiblue)