Meu primeiro poema do dia é concreto
escorre em versos livres
molhados por nossos sexos
quero a minha língua lambendo
todas as secreções de nossos verbos
ben_dito mantra
enquanto você me fode
sem sobrenome
sua identidade se dissolve
no suor de minha carne fresca
com sua fome tempero minha boceta
exalo o cheiro das putas que em mim habitam
teso seu pau não descansa
cabe em minha boca até a garganta
como um verso de Bukowski
rápido e pervertido explode
quente como um gole de cachaça
me embriaga até que sua gala
espessa em abundância
mele minha cara
e eu te beba como desjejum
sob o lençol do inverno
tudo é fumaça...
até que o alarme dispare
quinze minutos de transa
e uma eternidade de gozo
batizando o dia com nossas águas
na reza matinal toda foda é darma
no sutra do nosso amor
toda cama é templo
todo chão é mar pra nossas ondas...
(RaiBlue)
1 comment:
Bela oração!
Seja uma reza matinal ou mais tardia!
Post a Comment