POEMARÉS

Pega, aperta, invade, faça Naõ assina teu atestado de ingenuidade Começaste bem com bocas flamejando No desembocar de águas nórdicas Em águas d'Áfricas No Zulu Foste um nada no Soirée Por quê? Nao vistes o vestido Recobrindo o que já não Se aguentava mais de tanta paz? "Deixa a profundidade de lado." Invada, faça e aperta. O sensorial de Frida É o teu e o dela juntos! Vê se aprende, pô! Só precisas de um céu aberto E a discrição de um gentelman Como um diplomata que esconde um nevorsismo infindo E se mostra à Urbe um paladino a sorrir Pega, aperta, invade, faça Tua varanda seria o areópago De Eros e Vênus Mas teu super-ego é Alcatraz Senta-te à mesa do bar mais granfino E faze dali um cabaré a dois Sem que os burgueses notem E até lhes saúdem pelo exagero no estilo. Toma com ela Um "trem para as estrelas" E, do último assento no derradeiro vagão Faze uma imensa cama de amor Mas para as câmeras e panópticos Dá-lhe um "foda-se" sonoro Paraliza ou ma...

Sua fúria verbal pude provar Entre diálogos e desencontros Puder ver o "não" surgir Impetuosamente dos seus lábios Por tê-los provocados Por "preguiça de beijo" Sua alegria: é todo dia Dessa sou testemunha O seu silêncio também. Talvez o silêncio que Às vezes, quer dizer: você é um inconseqüente! Mas o seu choro é lindo e triste pelos grunhidos que se desprendem no ar como pelos motivos que o fazem nascer Os ouriços do mar E, destarte,destarte, destarte mais ainda lindos pelos seus tatibitates.     (Armindo Fábio Costa) Em 12/9/2012.

É a que corre na floresta Topa com os tigres Fala com os répteis peçonhetos Poliniza com as abelhas Troca O2 por CO2 com centenárias Volta e baila com aranha em suas teias Diverte os macacos É alimentada por harpias Tal como lhes fizesse um favor Traça um plano infalível em plena chuva Ignora rangidos Faz dos vagalumes brilhantes e colares E cansa. Então dorme sobre a brisa Fecunda o dia com umidade E senta-se ao pe de um cipreste comendo maçã. Põe a floresta em briga e dá "pause" Volta a cena para ver o golpe Guia-se pelos raios no céu É desejada pelas tribos Mas ri das suas libidos Flerta com mamíferos do mar Não assusta ao mais pacato dos animais Liquefaz o vapor para beber água fresca E cansa. Senta-se ao pé do cipreste e come maçã Resolve subir o cipreste E é apanhada por um moço Que lhe dá um beijo eterno Saciando sua sede e fome Despencam do topo para o infinito logo abaixo Num outro beijo eterno e pronto. (Armindo Fábio Cost...

Infl_ama Só depois os abscessos A necrose do tempo que não volta Os enxertos de horas mortas A pele esticada da distância O olho que não viu O que agora vê O equívoco na cicatriz que não fecha A noite que não estanca Céu vermelho da memória... (Raiblue)

...invés de semáforos, seus olhos me guiavam e congestionavam o trânsito em minha mente, e eu queria ficar ali, paralisada em meio às buzinas e sorrindo ..., fora dos pensamentos, sinal vermelho; dentro, sinal verde..., estava livre, nas grades desse amor que me atropelava, em pleno meio-dia, acelerando a fome..., salivava você, como um cão faminto pela chegada do seu dono... (RaiBlue)

Entre penhascos de distâncias Reverbera um azul inefável Sanguínea substância Nos sulcos da pele fina da saudade E há tanto em tudo Todos os advérbios de intensidade Em mim antes jazz Agora é Janis Num kosmic Blues Indelével e fugaz Tocar o amor É sempre quase Em qualquer quando Sintaxe errante e espanto Entrelinhas e entretantos No azulecer da viagem Que não finda Afia os dentes Para a próxima mordida... (RaiBlue) http://www.youtube.com/watch?v=wVMMUNYnBDo

Porque sou método, espero Porque não sou tanto emoção Não posso Se você viajar a 300.000 km /h Não será mais massa, mas energia E eu, método, no aguardo De que a ciência possa reconstituí-la em mim Porque sou método, espero Porque não sou tanto emoção Não dependo de metabolismo e hormônios Para me manter em pé Porque sou método, espero (Armindo Fábio Costa ) p.s.: Um presente lindo...um instante azul ...no meio do corredor verde ...