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Showing posts from March, 2010
Na boca, infernos gregorianos!
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As glandes do mundo retendo o prazer As grades nos olhos O grito no refluxo de restos Algemas nos gestos A nudez que liberta Castigada por um céu que não protege... Um a_Deus em cada esquina Temp[l]os que convertem o Super Homem A um cordeiro destinado ao banquete dos leões E Platão adormecido na liturgia da ignorância... Mas a p[r]o[f]ética rasteja entre as frestas da alma A língua que mata também salva! Não me amordacem Há um D[eus] sem temp[l]o que habita minha boca [infernos gregorianos de minha alma barroca] (RaiBlue)
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Todo silêncio borda paisagens (Miragens?). O que enxergo por dentro do mirante dos meus pensamentos é pássaro indomável, não cabe na gaiola dos conceitos. Na vacuidade dessa região misteriosa, tudo e nada atravessam o estômago, e a azia da definição amarga a boca. Metáforas nascem no escuro do coração, querem ultrapassar a garganta e voar, mas o pulmão não contém o ar necessário para impulsioná-las, desaprendeu a res_pirar, e suas asas ficam presas às cordas vocais. Nenhum sentido escapa, nenhum som, senão o da acidez do não dito, o escuro preso na boca, imastigável... Engasgar-se com as próprias asas é a pior das clausuras... (Raiblue)