Alfor_rio_me nos azuis das marés

Fico mas não finco Arrebento todas as correntes Desejo apenas a correnteza! Alfor_rio-me da razão Nos azuis das marés E nos verdes suados de nossa natureza Transpirando carna(v)ais! A fome é (obs)cena É sina nesse Estado sem lei do meu corpo... Oceano-me! Parto o porto e parto Como um continente perdido Que não quer ser achado Deixo o caos civilizado E a_cor_da(r-me) o índio No meu corpo pintado... Decreto minha aldeia no Pacífico dos teus abraços! A flauta de tua voz [doce foz] Toca o adágio das ondas Avulsos valsamos na proa do vento As velas sopram o fogo sedento Sustenidos gemidos das mãos No décimo movimento dos nossos corpos! E no ápice da sonata tua boca é um soneto A alma como que despregada da carne Pulsa-vaza-em-outra-alma-canta! Met_amor_faço Em_lua_arada A_casa_lar (nus) Nas águas cor-da-pele... E a raça é uma só [humana] Num novembro lasso [quase um laço] De febres e flamboyants... (RaiBlue)