Saturday, October 03, 2009

Estranho ninho de gelo



O tempo tem pressa
Tropeça nas pedras [de gelo]
Trapaça e nega [avesso espelho]
Sangue que não estanca nas artérias

Nas cordas do tempo acorda um blues
Sou[ l ] cinza dúvida que liberta e algema
Enquanto há cinzas de azul no meu vestido
Que é mar ainda...

[ E suas mãos sobreviventes mergulham...]

Espremem o vermelho blue da carne
Exprimem sentidos quase afogados
Imprimem digitais que transpiram
Aspiram o sempre que some nas águas

O tempo ávido liquida a vida
A vida líquida dispersa e dis_para!
A ampulheta vaza seus castelos
Arrebenta o gelo sobre o tédio

[ E a ressaca não cabe nos olhos]

O tempo consome a vida
A vida some no tempo
Líquidos congelam o eterno
No frio instante pós-moderno

Patino amores secos
Estranho ninho de gelo
Cada vez menos sou[ l ]
Cada vez mais só...

[ E o blue só em suas digitais...]

Nos vestígios do sempre
Que ainda resistem ao implacável
Alguma coisa ainda (ex) pulsa
Ex_pele em ondas
Vesúvios underground
Dark Joana
Nas lavas que levam o sangue
De volta ao coração...

(Raiblue)

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