Noturna
Era uma loucura silenciosa Discreta, quase secreta Que acontecia na eterna noite Que eu carregava dentro de mim... Minha natureza noturna Sonhava acordada Não distinguia o dia da madrugada Era tudo penumbra e mais nada... Gostava de brincar com o indefinível O implícito... Intraduzível... Escondia um lado Uma parte... Mostrava apenas a metade Para que descobrissem o que faltava O que me completaria... Como se possível fosse Ser inteira... Como se fosse lua E suas fases... E que nesse movimento De encher e minguar Houvesse uma crescente possibilidade De ser plena Como a noite mais obscena Que inspira meu poema... (Raiblue)