Sunday, December 30, 2007

Noturna

Era uma loucura silenciosa

Discreta, quase secreta

Que acontecia na eterna noite

Que eu carregava dentro de mim...

Minha natureza noturna

Sonhava acordada

Não distinguia o dia da madrugada

Era tudo penumbra e mais nada...

Gostava de brincar com o indefinível

O implícito...

Intraduzível...

Escondia um lado

Uma parte...

Mostrava apenas a metade

Para que descobrissem o que faltava

O que me completaria...

Como se possível fosse

Ser inteira...

Como se fosse lua

E suas fases...

E que nesse movimento

De encher e minguar

Houvesse uma crescente possibilidade

De ser plena

Como a noite mais obscena

Que inspira meu poema...

(Raiblue)

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