Qual a cor desse ruído
tingindo o silêncio de memórias
tingindo a memória do silêncio
que havia se esquecido de lembrar?
O que fazer com tantas cores
quando os olhos daltônicos do tempo
vendam os sonhos tintos
que escorrem no rosto anêmico
da desesperança?
Mas ainda resta
uma vontade cega
de encontrar o azul do que não se acaba
do que não se apaga
nem com cachaça
nem pelo branco dos cabelos tingidos
pelo tempo que nunca se esquece
de marcar o tempo
o tempo que só se atrasa quando se perde no azul.
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