Queimávamos juntos
no chão da madrugada
éramos o atrito das pedras que carregávamos
e do cansaço nascia o fogo
injetado nos músculos
contorcionista a fumaça brincava nas bocas
num strip tease de formas
um beck
um baque
um batuque
divindades transmutando a pele nua
selvagens os sons das cores na carne
e como de costume
mordíamos o mundo
o azul gemia úmido
na seda macia da calcinha
um céu em dilúvio.
.
(RaiBlue)
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