Thursday, April 21, 2016

ARQUIPÉLAGOS DE ESPERAS

O rosé se derramava no céu
na lateral do horizonte
como uma ponte discreta
um print do nosso segredo
( colado em meu peito
como uma seta)
o vinho no canto da boca do céu
tão doce e suave seita
a embriagar as mãos que bêbadas
mergulhavam em térmicas nascentes
explodindo em cores de Dali
ali
onde morria a tarde
a noite rosa das mucosas
se expandia
entra a fina flora
e a
demora
de tua constelação de centauros ( loucos)
no mapa do meu corpo
arquipélagos de esperas
cresciam
nas solitárias navegações da carne.
.
(RaiBlue)
.
*Fotografia de Débora Andrade
*Efeitos de imagem: RaiBlue

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