PELA JANELA, UM BLUES PARA RAIBLUE!

A lua movia-se com sua pureza no abstrato daquela noite longa, esférica e cheia de tristezas e brisas. Escutava-se ao longe o solo da clarineta de Tony Parenti, ou seria o piston de Max Kominski? Numa movimentada festa de jazz, animava os anjos e demônios que dançavam em verdadeira farândola de tolos e inocentes. O homem, esse ser dito concreto mata tudo que ama e isso levou Santa Teresa, a concluir na gravidade de uma capela:´ seamos todos locos!” O ar nesta noite tem o sabor de um samba de Ismael Silva ouvido depois de um dia de ferocidade urbana. Finalmente com as estrelas a se mostrarem na amplidão dos céus, brisas e reflexões. A vida ora é simples, ora contemplativa, ora metafísica, ora brutal! Ora divinal, ora dantesca. No confronto do homem com a vida, ele corre o risco de transviar a sua pureza, e a vida de sofrer danos na sua elaboração maturada. Pela janela passa Débora com uma curtíssima mini-blusa de flagrante variedade de cores, e os seus ócul...