Chumbo
esse céu armado
pontiagudo
perfurando o sol
que incendiava o peito . Chuva de lava
dos vulcões adormecidos
levando o corpo correnteza adentro,
frágil barco de papel desmanchado,
uma cidade submergindo, nenhum vestígio
de civilização no coração antes povoado
por teu nome.
Na linha do horizonte
tudo névoa e never.
Todo pra sempre afogado no olho
que finalmente enxerga. Sem os enxertos das mentiras rasas
de quando tudo era asa para lugar nenhum.
Agora as águas dissolvem a última letra de teu sobrenome.
.
(RaiBlue)
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