Outra vez
o tempo preso nas paredes
(do meu estômago)
a corroer o sol
(do plexo)
duplex
meu ser dividido
alma e corpo em atrito
sinestésico aroma de caos em meus olhos
respiro a fome de ser una
mastigo o ar do oco que adentra os meus pulmões
insosso é o tempo
que volta com toda sua prepotência
sem consentimento
curador ou assassino
Deus ou um pervertido diabo
a zombar de nossa utopia?
queria quebrar os ponteiros da memória por um dia
atravessar os recifes do esquecimento
ser só mar
sem linha do horizonte
sem pontes
.
cem poemas nas ondas
(toda minha bagagem).
.
(RaiBlue)
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