Da boca aos pés a maçã
como raiz de todos os pecados
a serpente anfitriã
sustentando a coluna como um relicário
( a vértebra da palavra no boca a boca)
o horizonte a ponte entre duas línguas
e uma metáfora que os olhos sobrevoa
(cheios de hipérboles e tequila)
mordo a maçã
e sinto a língua de toda humanidade
se enroscar no meu bêbado poema
a lei do verso livre
rege o meu ventre
enquanto in vitro
são paridos clones e rígidas rimas
ciclones devastam todos os pronomes possessivos
eu sou verbos conjugados no atrito
num conjugado onde cabem todos os amores
paredes não crescem em terra nua.
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(RaiBlue)
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