Deixo-te a ficção
siga com teus fantasmas
mágoas e margens sem parágrafos
eu quero a fricção
uma folha inteira escrita com o corpo
palavras agitadas nas mucosas
verdade é o que faz tremer a carne e goza
rasgue teus versos inventados
eu quero a poesia viva
parida de navegações marÍntimas
porque náutica é a viagem da minha língua
molhando qualquer terra à vista.
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(RaiBlue)
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