Em sua mata
Mais primitiva e íntima
Está a força e a doçura das águas
(que ela guarda)
Foge e finge não saber
Que para onde escorre
Abre caminhos (de vida e morte)
Mesmo sem querer
(E ele adentra sua úmida relva
E nas folhas escreve sussurros amarelos)
Amar é um elo
Entre o céu e o mar
Que por vezes é rio
E ri abaixo do umbigo
(Quando o sol da língua dele o fundo penetra)
E no seixo do seu sexo
Ela recebe sua furiosa onda
Quando seu falo fricciona
E dissolve seu Exu
Em espumas brancas
Melada da seiva seminal de sua raiz ela dança
Seiva que veste a relva
Como neve de inverno
Sobre o verão das matas
.
(RaiBlue)
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