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A noite cresce doída
cancro
nicotina
café amargo
( não há mar agora
Go! Go! )
mormaço
nada ventila pulmão adentro
em tom rosé seu cheiro ácido
corroendo as paredes da mucosa
da casa rosa
que um dia pintei pra você
( eu que sou tão blue(s) )
no escuro só resta
sangue nas frestas
dos azulejos
da sala
do quarto
do banheiro
do corpo inteiro
hemorragia letal de quem ama
e sabe que nem a morte estanca
sou a casa que sangra e afunda
em enchentes arteriais e profundas
de rasos amores.
(RaiBlue)
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