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Ordena-me o caos
com tuas mãos tão donas de si
faz de mim
um rio de passagem
correndo manso
sem se importar pra onde
dissolve meus moinhos
com a tua paz
me traz
o que me falta
(que nem eu mesma sei)
me faz poesia outra vez
eu que me perdi em estrofes erradas
de línguas medíocres
é pelas entrelinhas dos teus olhos
que vou adentrar tua pele quente
e me deitar sobre o teu corpo
como se o meu do teu derivasse
(como fazem as palavras
se roçam e se parem
depois se separam e partem
levando uma parte da outra)
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(RaiBlue)
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