Quando o escuro rasga o céu do tímpano
um estrondo de amor corta o silêncio
em dois rios sem margem se invadindo
sem fundo afundam
na vastidão do outro
nus absortos
absorvem o tempo dissolvido
no infinito do corpo
(quando a carne perde seu contorno
mergulhada em vapores líquidos)
tão mortal o amor se fingindo
de imortal num breve momento
afoga em seus afagos os amantes
e voa impiedoso para longe
depois que consome
o gosto suculento do primeiro instante
amor é sempre nômade
.
(RaiBlue)
Versão em áudio : https://soundcloud.com/raiblue-sales/nomade
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