Arranho-te o íntimo
onde nem sabes quem és
e faço-te então meu affair
dama da tua noite
domo teus medos com os dentes
tatuando minha fome em tua carne trêmula
vou acender teus becos mais estreitos
no fogo dos meus beijos e seus açoites
Baco dança em minha boca doce
como o teu gosto que já sei
como o teu gosto que já sei
(melando as virilhas só de me olhar)
arranco-te o barro da realidade
do teu sangue extraio o álcool mais forte
(quero-te ópio exalando do meu corpo)
em tua mente minha lótus se abre
como uma mandala carnívora
e engole teu caos nevooso
atravesso tua nevasca
nua e de porre
enlaço em meu bêbado azul teu cinza aquoso
teus muros caem
(céu chuvoso desabando no mar)
e sob minha lótus inflamável
ergues um novo país
sob o luar jorramos um prateado gozo
(independência e morte!)
.
No comments:
Post a Comment