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Showing posts from October, 2014

RELEVOS DA VOZ

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é a tua voz a foz do rio que encharca  a cidade do meu corpo corta rotas atravessa o meu pescoço emergindo relevos submersos no vestido e tudo é tumulto e incêndio em meio às águas  desse desejo obsceno bordéis se abrindo em cada esquina do prazer RaiBlue, em 10.03.2014, Salvador-Ba.

UMA PINTURA DE DALÍ

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Eu vi o Tanheiros daqui uma pintura de Dalí  dilatando os olhos do tempo delatando momentos e déjà vu eu vi e ainda senti tuas mãos aqui mergulhadas em mim no profano silêncio da tarde findando e ainda havia sol em teus dedos RaiBlue, em 08.03.2014, Salvador Ba.

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Ta teia a pele nua da palavra ta tua poesia em carne viva a tinta o sangue que injeta vida na veia nu ventre da letra a(fetos) paridos entre linhas deitam verbos que se procuram uni versos copulam RaiBlue, em 19.02.2014, Salvador-Ba.

(H)ERAS

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Cresceu em mim como (h)eras na flora do meu sexo séculos desmatamento agora sou esse terreno liso leito de rio pra sua correnteza RaiBlue, em 19.02.2014, Salvador-Ba.

DESTINO

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paralelas as linhas caminham geometria (im)perfeita do tempo as ruas do coração e seus desvios  nenhum delta além do ventre vênus e suas vertigens conjunções traçadas pelas mãos de D(eus) RaiBlue, em 22.02.2014,Salvador-Ba.

DESAMANHEÇO

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(re) pousa a manhã nos meus olhos ainda impregnados da noite dos teus não acordo recordo tua boca prolongo o êxtase nas pontas dos dedos você aqui ainda desamanheço anoiteço nas águas infindas amor tece o ritual dos dias platônico caminho de quem ama RaiBlue , em 14.02.2014, Salvador-Ba.

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Se tu via eu caminho nós dois des(a)tino RaiBlue, em 13.02.2014, Salvador-Ba.

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Te quero com gosto de cinza e tempestades nos olhos há musgo eu sei no fundo das águas e fogo em cada fio dos meus cabelos o fogo do zelo em mechas inexatas consomem algas almas medos e segredos que nunca quiseram se esconder... sigo fiando o tempo... (RaiBlue & Dante Pincelli)

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O tutano de minhas palavras Vem de tuas vértebras Coladas às minhas. Suor.Caldo quente de volúpia.  O osso. As bocas sugam o sumo. Supra. Sutra. Cítrico mantra de tua língua No dorso da pele nua da minha. O curso sem bússola do rio Sonoros ais cachoeira adentro. Ar dentro das águas Bolhas. Palavras transpiram caladas Na (es)calada do teu corpo. Norte ? Apenas noite. (RaiBlue)

COMO SE LÍNGUA FOSSE

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esqueceu as mãos sob o meu vestido no último encontro (de propósito talvez) me fez cativa dos seus dedos como se língua fosse e todo noite um poema molha a minha cama palavras sem hífen versos rompendo o hímen da distância  meu ponto G na língua dele ainda ( um vício difícil de esquecer) (RaiBlue) https://soundcloud.com/raiblue-sales/como-se-lingua-fosse

SELVAGEM VENTANIA

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e o vento levemente selvagem que dela vinha ventilou meus pulmões de coragem o oxigênio agora era seu perfume que chegava  da miragem desenhada pelo desejo desse mirante mesmo à distância seus pelos arranhavam minha carne nada era tarde na ventania que vinha dela morava o meu suspiro e tudo ardia ar  dia e noite ela  em mim (RaiBlue) ttps://soundcloud.com/raiblue-sales/selvagem-ventania

SILÊNCIO TERMINAL

. vermelho o tempo e seus ponteiros na contramão a memória em sépia é uma seta atravessando o coração foi-se mas continua aqui foice na jugular da vida essa tristeza corrosiva você me comendo viva canibal amor mata e foge amordaça a carne com a violência de um silêncio terminal (RaiBlue) https://soundcloud.com/raiblue-sales/silencio-terminal
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Te (ab)sinto em goles felinos (abs)traindo a razão tenho sete vidas e um destino faço ninho em tuas ruas distraídas grafito os muros da tua pele com a minha língua te procl_amo meu país! (RaiBlue)
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navego nu vago nu navego vago divago e nado nada  no fundo a f u n d onde a onda a n c o r a r (RaiBlue) 

A TEUS PÉS

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ateus pés vão há teus pés vãos a teus pés voo (h)a d(eus)  no vão dos pés teus * * * (RaiBlue)
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(cho)via láctea madrugada inviável congestionada a mente fugia não há via a memória é uma viela a mim liberdade nega eu só queria  um gole de deserto e amnésia  * * * (RaiBlue)

HEMISFÉRIOS

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É no cais do seu corpo que o meu cio arrebenta na brevidade das ondas eternizo o (a)mar em sua pele como quem escreve um poema só para lhe tocar Em torno dos meus mamilos sua língua gravita grafita a tarde que se põe na noite que chega enquanto você me beija (seios, boca, vulva) E eu (do outro lado do seu hemisfério) Iço as velas e parto seguro seu mastro e me perco em suas espumas lábios língua meu céu derramando mar... (RaiBlue)
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Atlânticos desejos (ancestrais) De contornar teu continente No abraço quente Das ondas de águas naturais Devassando toda aridez da distância (ânsia) Quero a anarquia de dias livres em teu corpo Grafitar o amor em tua carne (em teus muros a revolução de minha arte) Meu império (dos sentidos) Engolindo teu país embrutecido Decretando feriado nacional Na espada da língua  Afiar um concreto poema ( sem rimas) Porque gosto do branco Dos versos nômades  Seguindo o curso do sentimento E do gozo trêmulo Fendas adentro... (RaiBlue)

YELLOVE...

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Dedilha-me como um solo in_tenso de Santtana toca-me de ouvido e me assanha  um acorde em cada zona (erógena) transcende e sente nossa transa cósmica nesse transe louco de nossa música toca-me assim com teus dedos longos e eu te darei o meu melhor solo no vermelho da boca um tango uma bossa no amasso dos corpos  na maciez da pele se pondo um jazz até que a noite surja no roçar dos sexos e tudo seja um amar(elo) no green dos meus olhos o blue(s) do teu desejo e um yellove que explode no rock que acelera o (im)pulso e tudo seja fluido o s(OM) místico da carne saciada da guitarra molhada pelas ondas sonoras dos nossos (s)ais... (RaiBlue)  — em  Salvador .

OBSCENA-ME

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Desalinha as horas Nas entrelinhas do meu corpo Há uma eternidade a sua espera em cada poro Quero a sua demora na minha pele úmida Repele o tempo e me absorve Nada além desse imenso agora Atrapalhando o trafego do cotidiano  Atropelando os planos de paz Quero sua chegada Como a surpresa de um sábado A mais no calendário Uma guerra que liberta A perversão contida do meu sexo  Que guardei só pra nossa batalha Quero sua espada entre os meus lábios ( os grandes) Deslizando sem cortar Nenhum atrito Somente gritos E o meu juízo perdido em sua glande Em estado de sítio quero ficar Nessa cidade que erguemos em nossa carne Sobre os destroços da ilusão Obsceno-me pra você E essa é minha liberdade Identidade guardada Pra me naturalizar em teu país... (RaiBlue)