Saturday, June 08, 2013

TARDES DE MAIO



Aceno
Depois do arsênio
Vem o vinho 
Do outono forrando o chão

Encontro-te numa folha do agora 
(num tropeço do tempo na minha dúvida) 
Não quero rasurar outra vez
Traduzo devagar tua linguagem
Deito-me em tuas entrelinhas e desmaio

Tardes de maio
em minha boca carmim
inaugurando tua pele

Lúbricos os corpos anoitecem

Agasalho-te em minha língua
Metáforas desenham paisagens
No cabaré que se abre 
na noite de nós dois...

(RaiBlue)

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