Sunday, February 20, 2011

Você de Colombina
menina, purpurina
água benta da minha sede
alfazema, confete
eu, gandhy, espalho a paz
espraio-me na Avenida
e em tua cama repouso 
Vadinho, colares, Pierrô
... assim
repousam personagens
e desejos incontidos
no teu tapete, verso persa
repousa a tua 
e a minha fantasia.
(Sérgio Bezerra) 
******
Dos personagens
das vadiagens
do teu corpo
em minhas miragens
ficam as contas
em cada canto da casa
como um rio raso
que atravesso sem barco
um patuá pra me proteger
de te esquecer...
nua Colombina
na purpurina da noite
bebe-me quente
e das minhas águas benditas
terás cachaça puríssima
que te fará rodar
mais que minha saia
e por baixo dela
quando o samba
das nossas pernas
se esfregando
fizer jorrar confetes
num gozo colorido
Eis o nosso grito de carnaval!.
E depois...?
Gandhi e a paz
de um verso que dorme
no silêncio que (a)guarda
a fantasia que só nós dois vestimos...

(RaiBlue)

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