Sunday, December 19, 2010

UM NU OUTRO...

Arranquei os ponteiros do tempo
Quando entrastes em mim
Num poema que matava o amor
[ou o amor matava o poema?]

Lembras?

As palavras sangravam a noite imensa
Singravam ao teu coração-saveiro

Acendia um cigarro no maço intragável das horas
[Do outro lado teus olhos acesos
Infl_amáveis mares]

Foice!

E foi-se o silêncio corrosivo dos dias
No marulho de tua veia so_lar
E nunca mais quis outra casa
Em tuas ondas sou toda alto-mar!

Lírios e sândalos
A_cor_davam a pele nua do vento...

Tu me salvavas de mim
E eu te prendia em meu silício-cor-de-céu
[ bebias cálices de meu uni_verso
como quem bebia meu corpo submerso]
Eloqüente vontade de morrer
Um nu outro

Ninguém via
Só nós dois caminho...


(RaiBlue)
                                                                                                          Para Sam, com amor...

1 comment:

Riverstone said...

Como sempre original e intensa Raiblue.