Saturday, May 01, 2010

Delírio


Pode parecer delírio mas...
Nem quero mais ter minha vida de volta
Antes de te conhecer fui lúcido
Agora falo sozinho olhando para o vazio
Só pra ter a certeza que ninguém me ouve...
Falo das minhas verdades inteiras, que te conto às metades
Falo de amor aos pedaços, para que juntes as partes do todo
Digo que no meu peito cabe você, nosso amor e muitas outras coisas
Coisas essas que não precisas saber...
Por isso te desenho um mundo sutil com meus versos
Te sufocaria se despejasse todo este sentimento que me transborda
Então te regurgito gotas neste louco poema
Onde te escondo em cada entrelinha
Para poder te resgatar com os olhos...
Com a intensidade e velocidade de um desespero
Posso parecer frio, mas é que amo com a calma da alma
É difícil me compreender, quando o que eu mais quero é te fazer feliz
Agora eis me aqui, o mais feliz dos homens...
Com medo de ter me perdido no caminho...
E ser o único feliz da nossa história
Vivem presos no meu corpo sentimentos que não me cabem
Por isso escorrem as sobras em poesias
Não há outra razão além da loucura...
A não ser o teu desejo que se alimenta do meu êxtase
Que se completa em te ver dizendo coisas indecifráveis
De tanto falar de amor pareço destoar da realidade
Mas também me enfado e odeio...
Odeio ficar longe de você
 
 (Alessandro Pierre)


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