Friday, January 22, 2010

Grãos de viagem


 
Deserto de carne
A pele dis_solve a miragem
Suor da noite [oásis]
Dunas do tempo [ vaza a ampulheta no infinito ]
Um instrumento nas mãos de_cifra
Uma canção ao vento [toco-te!]

Se parte na areia o silêncio [grãos de viagem]
Tua voz um Prelúdio de Bach
Te sei de ouvido [Não duvides do meu dom!]

[Teu tom desafina minha incerteza
Não a[há]pontes fim nem começo-meu olho voa além]

Teu corpo equador me divide
[ num quociente sem restos]
Só rastros de poente se deitando no mar...
E eu nu_a_r_risco um poema
Não te rimo, me remas
Como um teorema de um louco suicida!

Te salvas, quando te mato
[H]A_tiro [em] minha língua...
Ha_i[em]_ti um país que se refaz
O tumulto e o silêncio num mesmo instante bruto

Cai o lilás sobre o rubro
Do outro lado do caos há cais...

(RaiBlue)



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