Tuesday, October 13, 2009

Etéreo exílio



Uma tarde cor de Frida Kahlo
Melancólico mormaço
No aço desse fio de memória
Tudo que me carece
É cárcere...masmorra
Cancro que não sara
Saara que cobre o mar...

Estéril desordem
Estéreo eco de um futuro pretérito
Que agora cheira a éter...

[Mas nada esteriliza teu beijo em meus mamilos
Nascente de_leite Nilo que nunca seca]

Etéreo exílio
'Tua ausência assimilada'
Colapso do tempo
De homens (re)partidos

[Que ética rege o que grita por dentro ?]

Tudo (as)sombra
Tudo sobras
Abortados (a)fetos

Tudo arranha [meu céu]
Nada transpira
Etílico [silên]cio

Chovo sobre o deserto da noite

E tua boca vem no dorso da lua
Marrakech a mil milhas de mim...

(Raiblue)

Em 11 de outubro de 2009

1 comment:

IVANCEZAR said...

Rai:

Belíssimos versos, com teu estilo , tão próprio ...
Gostei do (silen)_cio
Perfeito para definir o
estéril ...
Beijo e te espero no meu Blog