Saturday, October 31, 2009

Alfor_rio_me nos azuis das marés


Fico mas não finco
Arrebento todas as correntes
Desejo apenas a correnteza!
Alfor_rio-me da razão
Nos azuis das marés
E nos verdes suados de nossa natureza
Transpirando carna(v)ais!
A fome é (obs)cena
É sina nesse Estado sem lei do meu corpo...

Oceano-me!
Parto o porto e parto
Como um continente perdido
Que não quer ser achado
Deixo o caos civilizado
E a_cor_da(r-me) o índio
No meu corpo pintado...

Decreto minha aldeia no Pacífico dos teus abraços!

A flauta de tua voz [doce foz]
Toca o adágio das ondas
Avulsos valsamos na proa do vento
As velas sopram o fogo sedento
Sustenidos gemidos das mãos
No décimo movimento dos nossos corpos!
E no ápice da sonata tua boca é um soneto
A alma como que despregada da carne
Pulsa-vaza-em-outra-alma-canta!

Met_amor_faço
Em_lua_arada
A_casa_lar (nus)
Nas águas cor-da-pele...

E a raça é uma só [humana]

Num novembro lasso [quase um laço]
De febres e flamboyants...

(RaiBlue)

1 comment:

ruas e avenidas said...

Busca as contas de Yemanjá
jangadeiro de Orixalá
menina da areia não se perderá
Beija - flor se pos a guiar
Maré amarelando
olha o sol te cortejando
tira a roupa e tem põem a banhar
Mirante, cade aquele bandeirante
perdeu-se nos encantos de Yemanjá
tá na praia a te olhá.

Bjs