Thursday, April 24, 2008

Sem rimas e sem remos...


Desfio o silêncio
Teço sonhos
Tapeçaria de emoções
Que se costuram
Nas esquinas do tempo
Na agulha finíssima
Do momento...

Horas a fio
Perdida dentro de mim
Em busca do novelo
Re partido...
SeCreta ilha
Meu exílio...

Tortura e delírio
Batalhas diárias
Minotauros e Cronos
Nas asas de Pégasus
Sobrevôo meus infernos
Atravesso portais de fogo
Destruo o Olimpo
Sem me queimar...

Descubro a divindade
Escudo do coração
Arcano maior!
Desfaço sombras
De Goya
Em traços coloridos
De uma gitana
Sempre a bailar
Com seus cabelos
Perfumados de lua
E olhos repletos de mar...

Palavras – estrelas
No céu da boca
Fazem – me poeta
Da noite e suas profundezas
Naufrago em suas correntezas

À luz de velas ...

Onde sussurros sopram o destino
Lançando meu barco
Em rotas clandestinas
De versos livres
Sem rimas e sem remos
À deriva

Mar de sentimentos ...


(Raiblue)

2 comments:

Max da Fonseca, said...

"Hoje desfiz o último ponto,
A trama do bordado.
[...]
Quando Ulisses chegar,
A sopa estará fria.".(Myriam Fraga)

Sem rimas e remos, pra quê forçar quando se é tão leve que se agüenta sozinha e flui?!.

Max da Fonseca, said...

Você voa, e me carrega junto, sempre!