RESTOS MORTAIS



" Sobre a cidade, a noite cai

E uma sombra se espalha

Uma multidão de mortais

Cheia de dor,se esvai

Pessoas circulam pelas avenidas

Com suas máscaras iguais

Sem rostos, vão se reproduzindo

Máquinas mortíferas, pós-modernismo

Voltam para casa

Sem desejos, sem nada

A fome já não incomoda

Sem sonhos, dormem e acordam

Rostos, restos, reflexos

Prosseguem imersos

No caos cósmico moderno

Deserto humano de concreto

Não se reconhecem

Nem se estranham

Apenas passam

Como poeira

Num tempo despedaçado

Sem futuro, nem passado...

E do antropofágico homem moderno

Apenas vestígios, restos..."


(Raiblue)




p.s.:Texto registrado na biblioteca nacional.

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