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Showing posts from March, 2007

Infinit(olhar)...

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Olhos Mandalas Círculos Da vida Túnel Tempo Rotação Passagem Viagem Espirais Labirintos No centro A pupila Outro Círculo Verão Verões Sóis Se pondo No horizonte De mim Crepusculando-me Até que Amanheça E os olhos Se abram Sóis nascendo Alvorecendo-me Tudo é circular Somente Eu Infinita (Raiblue)

RESTOS MORTAIS

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" Sobre a cidade, a noite cai E uma sombra se espalha Uma multidão de mortais Cheia de dor,se esvai Pessoas circulam pelas avenidas Com suas máscaras iguais Sem rostos, vão se reproduzindo Máquinas mortíferas, pós-modernismo Voltam para casa Sem desejos, sem nada A fome já não incomoda Sem sonhos, dormem e acordam Rostos, restos, reflexos Prosseguem imersos No caos cósmico moderno Deserto humano de concreto Não se reconhecem Nem se estranham Apenas passam Como poeira Num tempo despedaçado Sem futuro, nem passado... E do antropofágico homem moderno Apenas vestígios, restos..." (Raiblue) p.s.:Texto registrado na biblioteca nacional.

Mari(pousando)

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"Uma mariposa Pousa sobre a folha Traz com ela Vôos,viagens A folha Voa E nela A vidaVai Feito Mariposa Em cada folha Um pouso E um vôo E a vida Se faz Assim Menina De folha Em folha Um livro Rabiscado Pedaços De mim Pausadamente Revelados Em pousos Devassos E delicados (Raiblue)

Hora da estrela

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Maria bonita Bonita menina Rasga a vida Página por página Vai tirando as pedras Dos caminhos Em cada rota,uma ruga Traçando em sua pele Uma história De lutas E de glórias São tantas Marias,Anas,Cecílias E uma mesma dor Contornando seus pés Exaustos, sofridos Delicados e firmes Em todas elas Uma mesma fé Palavra também feminina E como todas as meninas Ela carrega a força da mulher Fé menina Transforma-se em Feminina mulher Florindo desertos Perfumando Os caminhos incertos Descobrindo o prazer No caos de concreto E fazendo acontecer A sua hora de estrela Como uma certa Clarice... (Raiblue)
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ÍNTIMA CORDILHEIRA “ Seus olhos me espionam Do alto de sua torre de marfim Intocável templo No arco da íris Um mar e um porto Na penumbra de seu quarto Seu coração me deseja Mas há uma ilha Que nos separa Sem trilhas, sem cais No seu éden interior Sua serpente inconsciente Lança palavras sedutoras Em meus ouvidos Poesia trazida pelo vento Que atravessa as muralhas Sintonizando os pensamentos Tornando nossas almas Asas do mesmo pássaro Planando no alto De nossa íntima cordilheira.” (Gustavo Adonias-Raiblue)

Surdez cosmopolita

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Num aglomerado de solidão Há um deserto humano cheio de vazio Uma dama busca um sentido Um mendigo, sem sentido, caminha Dois mundos Fio da navalha Castiçais, luz da lua Mas a escuridão é a mesma Nos vãos das cidades Tudo é vão E vão eles Diferentes-iguais Realidades duais Pólos opostos Força magnética Encontro às cegas Na surdez cosmopolita (Raiblue – Gustavo Adonias)