Na ponta da língua...





















Chego pela língua
Afiada, molhada
De poesia e saliva

Chego em seu porto
E pouso, o tempo se quebra
Pausa para o gozo

Você é meu cinema
O palco da minha cena
Meu destino, minha sina

Eu sou sua diva.
Você é o meu divã
Nosso encontro, puro afã

Entre línguas
Nos cortamos
E nos costuramos

Poema de carne
Que lambe a pele
E a alma arde....

{ Raiblue }


Comments

Gustavo Adonias said…
Línguas, lábios, labirintos....membros de dizer palavras, de falar poemas, de revelar desejos, órgãos musicais....cais de onde partem sílabas, gemidos, ordens e pedidos....o que a língua lança (língua é arma afiada) não volta atrás....corta mesmo....

Linda poesia Rai....sensível e crua ao mesmo tempo....antíteses que forjam a vida...

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