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Showing posts from June, 2019
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Os passos A poça A moça molhada de inverno Que escorre nas ruas do outono Vilarejos inteiros Indo por água abaixo Marisa no ouvido Pra nao esquecer do tempo Das frutas nos quintais A esperança são acordes musicais dançando na chuva " Singing in the rain" Molhando os pés na vida Molhando os pés da vida Que brinca no meio do caos O cais flutua onde a imaginação pula de poça em poça Descalça a vida pode ser ferida Ou ser uma criança que brinca No meio da tempestade Já escutou a chuva? Ouça O tempo dança em teu ouvido . (Rai Blue)
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" O mundo não acaba com um estampido. O mundo acaba com um gemido." (T.S. Eliot )  Assim como O corpo treme Quando a chuva molha A pele da noite Despidos Eu e O escuro Me procuro Em alguma palavra Permeável Que me lembra Sua boca O seu beijo É um poema Tinto Tátil E febril Que aquece Minha carne nua Que roça a rede E ri Má Cio Como um segredo Que escapa O gemido é um relâmpago Clareando o quarto ( do meu desejo) .  ( Rai Blue)
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AMAR(ELO)  Havia nele tanto sal, tanto sol que lhe sobrava verão  para todos os períodos de hibernação  inevitáveis ao coração de poeta.  Sabia da dor e do amor   como eles se con(fundiam)  e iam cosendo seus dias  numa delicada tapeçaria do tempo e suas viagens Trazia paisagens no corpo e música por dentro  A palavra que transmutava uma coisa n'outra  A língua sedenta por outras A vontade de d izer o não dito  a bendita novidade que uma palavra inaugurava  num menino que acabava de nascer  Assim ele veio, todo prosa,  com a poesia estendida em seu avesso como um segredo que nem ele sabia .já era mesmo antes de ser... assim como se pari versos de um espanto  cujo tamanho é bem maior do que as palavras... Ele não cabia em si  assim como o amor.. transbordava... (Rai Blue)
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Os passos  das palavras que não são nada sem os sentidos que embalam  tom sobre tom o sOM universal Tudo é movimento O sim O não O talvez de um momento o silêncio as contrações o grito e o poema é parido sem consentimento com sentimento e (r)existência qualquer mínima centelha de vida acende um poema inteiro. . (Rai Blue)
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Navegar por nuvens  Caindo sobre os ombros do mundo Dissolver o peso das coisas No gosto da manhã   Batida com mamão e mel Mastigar o tempo devagar   Divagar sob o silêncio   Antes de penetrar o caos urbano Uma solidão coletiva marcha Sem saber pra onde   Tudo nos consome Some Some   Só Me sem tu E eu aqui comigo Um deserto cheio de girassóis   Um silêncio poético atravessando O coração das coisas Da janela avisto A vida e a morte caminhando de mãos dadas nas calçadas Sorriu Sou Rio E palavra   Navegando nas águas do meu espírito. ( Rai Blue)
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Tudo cresce em silêncio Tântrica Mente Tudo ausente   E enche a casa De um vazio cor de inverno O outono morno ficou Nas folhas do seu caderno Onde escrevi os sonhos de um verão   Que ainda verei Em alguma página do tempo Incenso o meu coração   Sou um templo   A Mente é um mantra sem métrica Um verso branco me atravessa Sou corpo à vela Noite adentro Comentários (Rai Blue) Comentários
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É junho E a fogueira que já ardia no corpo   Agora é festa   Não mais inquisição Queimei a monotonia dos dias sem cor Estendi as bandeirolas nas ruas do peito Para o tempo brincar no azul da eternidade À noite os fogos são artifícios Para o amor correr o risco Atravessar o céu sem paraquedas   Porque se sabe Deus Cupido A lua entre as nuvens costura   Uma renda amarela E ele se deita embebido Pelo licor da noite que escorre   Das bocas de todos os amantes Nos olhos lareiras e inverno Tempo aberto no corpo Sem previsão de chuva Em chamas   A carne é cama A alma nirvana O êxtase é um balão a explodir   Lava humana Leve   & Livre de culpas . (Rai Blue)