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Showing posts from March, 2016

DESERTO DE FOGO

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Marinhos suores  cavalos a tarde cavalgando em meu corpo um deserto de fogo em meus olhos fechados teu rosto bebendo todo meu oásis . . (RaiBlue)

TEMPESTADES DE VERÃO

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A manhã nasceu com remendos de saudades como colcha muito frio no corpo sempre quente de quem ama na cama tudo é poça de águas de amassos de marços que nunca se foram de mim nuvens passageiras (de agonia) desenham no céu um coração e o meu aqui carregado de tempestades de verão o tempo é uma estação vazia nessa manhã de janeiro um trem parado nos trilhos de março que vem se aproximando com seus maços de cigarro pelos cantos da casa nos cantos do corpo toda melodia fala que o amor é uma canastra (suja) um jogo de enganos uma antiga tragédia de Shakespeare reescrita em smartphones por modernos amantes. . (RaiBlue)

PERMEÁVEL SOLO

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Xâmanica minha pele beira de estrada terra ancorada no horizonte evocando minha natureza notívago meu corpo vaga (no) lume cintilam pelos pele palavras no que não tem margem o escuro acende o fogo em chamas a carne chama as estrelas (do mar) à noite todo fogo vira água (suores vapores) tremores nos lençóis freáticos do corpo até alcançar a água subterrânea que acumulo ( permeável solo desejando tua raiz). . (RaiBlue)

INSTINTO À FLOR DA NÁUSEA

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Entre o anjo e o demônio labirinto-me. A maçã e a serpente (que se desenrola como um novelo traiçoeiro) me lançam para dentro. Inferno ameno o meu livre-arbítrio e um crucifixo na porta do peito (vã tentativa de me proteger de mim). Amuletos muletas (nada me salva) maletas cheias de pecados tintos. Instinto à flor da náusea ( quando o prazer acaba sem nenhum vestígio de amor). . (RaiBlue)

(Yin)finito

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Sou feita de éter (n) idades volátil tátil meu corpo toca o (Yin)finito de cada movimento a vida é ritmo e s(yang)ue íntimo é o som que me toca (como um amante) dedilhando arranjos e rugidos devassos múltiplos : mãos e orgasmo. . (RaiBlue)